Palavras são só palavras

Palavras não são só palavras. Palavras são expressões diretas do que somos. Palavras são cargas de emoções, de raiva, de amor, de felicidade, de angústia. Nunca li um livro que não falasse de emoções. Nunca li um livro que conseguisse ser completamente objetivo. Nunca conheci um escritor que não estivesse em pleno contacto com o seu "eu" interior. Porque é daí que vem toda esta questão. A escrita ferve dentro do escritor e guia as suas mãos com as emoções, resultando nas palavras que, todas juntas, são a obra de arte, são a expressão direta do "eu" interior de quem escreve. Eu escrevo com a ânsia de quem vê um novo mundo à sua frente, com uma vontade louca não de chegar ao fim, mas à próxima palavra, sempre à próxima palavra. A loucura da escrita - a febre, a paixão - acompanha quem escreve por toda a sua vida e leva todos à sua volta numa viagem de descoberta.

 Escrever não é o meu passatempo, escrever é quem eu sou ou, pelo menos, quem eu nasci para ser. Nasci para sonhar, para dar continuidade a sonhos que outrora existiram e para criar novos sonhos para o mundo do futuro sonhar. 

O mundo de nada serve sem emoção, automatizado. O mundo de nada serve sem Fé, sem acreditar que algo em nós nasceu para a grandiosidade do universo, para ser recordado, para ser homenageado. 

 E é por isso que as palavras não são só palavras. Os grandes génios perduram nas suas ações, nas palavras que um dia disseram ou nas palavras que algures escreveram.

As palavras são uma forma de grandiosidade. As palavras definem-nos.